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Liberdade de expressão

“Se todos os seres humanos, menos um, tivessem uma opinião, e apenas uma pessoa tivesse uma opinião contrária, os restantes seres humanos teriam tanta justificação para silenciar essa pessoa como essa pessoa teria justificação para silenciar os restantes seres humanos se tivesse poder para tal. (…) Mas o mal particular em silenciar a expressão de uma opinião é que constitui um roubo à humanidade; à posteridade, bem como à geração actual; àqueles que discordam da opinião, mais ainda do que aqueles que a sustentam. Se a opinião for correcta, ficarão privados da oportunidade de trocar erro por verdade; se estiver errada, perdem uma impressão mais clara e viva da verdade, produzida pela sua confrontação com o erro – o que constitui um benefício quase igualmente grande.

É necessário considerar separadamente estas duas hipóteses, a cada uma das quais corresponde uma parte distinta do argumento. Nunca poderemos ter a certeza de que a opinião que procuramos amordaçar seja falsa; e, mesmo que tivéssemos, amordaçá-la seria, ainda assim, um mal.”

Stuart Mill, Sobre  a Liberdade, Capítulo II, página 51

 

A liberdade de expressão é um bem absoluto? Podem existir situações em que tal liberdade represente um perigo ou um mal para a sociedade ou para o indivíduo?

 

David Irving, negacionista do Holocausto

David Irving, negacionista do Holocausto

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Sérgio Lagoa - APF

Professor de Filosofia no Ensino Secundário e Formador de Professores. Mestre em Pedagogia do e-learning (UAb) e Mestre em Didática da Filosofia (FLUP). Membro da direção da Apf (Associação de Professores de Filosofia)

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