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Um Glossário para “Sobre a Liberdade” de Mill

Uma Comunidade de Leitores de Filosofia online pode, com o tempo, transformar-se numa Comunidade Virtual de Aprendizagem. Como afirma Costa (2012), uma comunidade virtual de aprendizagem é “uma oportunidade de aprendizagem que um conjunto de indivíduos vivencia num determinado ambiente online, enquanto grupo mais ou menos organizado (…)”.

Embora esta Comunidade de Leitores decorra num registo informal, seria interessante se os participantes construíssem instrumentos intelectuais de análise, compreensão e discussão da obra “Sobre a Liberdade” de John Stuart Mill que estamos presentemente a tratar, com discussão via Zoom agendada para o próximo dia 03 de dezembro de 2020. Consequentemente, deixamos um desafio: a construção de um Glossário dos conceitos mais relevantes deste livro, sem prejuízo de se fazer o confronto com outros livros do mesmo ou de outros autores, com total liberdade de expressão. Para editar um conceito, utilize a caixa de comentários deste post. Fica o desafio!

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Sérgio Lagoa - APF

Professor de Filosofia no Ensino Secundário e Formador de Professores. Mestre em Pedagogia do e-learning (UAb) e Mestre em Didática da Filosofia (FLUP). Membro da direção da Apf (Associação de Professores de Filosofia)

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Um comentário

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    Sérgio Lagoa - APF
    23 de Novembro, 2020

    INDIVIDUALIDADE

    Nas palavras do próprio Mill:

    “Não é apagando-se até atingirem a uniformidade em tudo o que é individual em si que os seres humanos se tornam nobres e belos objectos de contemplação, mas sim cultivando a individualidade e trazendo-a à luz, dentro dos limites impostos pelos direitos e interesses dos outros: e, tal como as obras recebem parte do carácter dos que as produzem, também a vida humana pelo mesmo processo se enriquece, diversificando, dando vida e fornecendo mais alimento abundante para pensamentos nobres e sentimentos exaltantes (…) Quanto mais cada pessoa desenvolve a sua individualidade, tanto mais valiosa para si própria, e pode por isso ser mais valiosa para os outros. Há uma maior plenitude de vida na sua própria existência, e quanto mais há vida nas partes, há mais vida no aglomerado composto por elas. (…) Para dar uma justa oportunidade à natureza de cada um, é essencial que seja permitido a diferentes pessoas levar vidas diferentes. (…)Tendo dito que a individualidade é a mesma coisa que o desenvolvimento, e que só ao cultivar a individualidade se produz, ou pode produzir-se, seres humanos bem desenvolvidos, podia terminar aqui o argumento, pois que mais ou melhor se pode dizer do estado em que se encontram as actividades humanas, do que o facto de que aproxima os seres humanos do melhor que podem ser?”

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